Bienvenido a una otra América Latina posible

Bem vindo a Uma outra América Latina possível

2°A e 2°B

21 de setembro de 2007

Oieee galeraa...então... como já haviamos comentado,nosso tema mudou... então aqui está o conteúdo da semana em relação a desigualdade na América Latina...


Como se sabe, a economia capitalista encontra-se em meio a um processo de crise de
superprodução desde meados dos anos 1970, fato este que representou a inflexão das taxas de lucro
que finalizou a longa fase de expansão iniciada depois da segunda guerra mundial.

Desde então os países e regiões dependentes que participam do sistema do capital passaram a
enfrentar profundas mudanças, as quais, na maior parte das vezes, representaram um retorno do grau
de desenvolvimento e, por outro lado, aprofundou o quadro social amplamente desigual. Sendo assim os países latino-americanos entraram em um período marcado profundamente por crises recorrentes, crescimento da instabilidade e desarticulação social. Nesses países esse quadro se deu mediante a fixação de um processo estrutural de reprodução da dependência e da crise. Entendemos então que este processo corresponde ao endividamento, nos quais os países centrais praticam medidas voltadas para o enfrentamento da queda da taxa geral de lucro. Os fluxos de capitais passaram a migrar do centro para a periferia latino -americana, primeiro como capitais de empréstimos e, depois, como capitais voláteis especulativos.
Isto quer dizer que a chamada globalização do capitalismo tem entre suas componentes uma
estrutura representada pelo aprofundamento da dependência dos países atrasados através do processode endividamento. Portanto, as reformas neoliberais, iniciadas no começo dos anos 1990, viabilizaram o aprisionamento destes países em uma teia de vínculos que os prendem a esta situação de beco sem saída.

Desta maneira, o aprofundamento da dependência estrutural dos países Latino -americanos aos países centrais na fase da globalização do capitalismo e seus efeitos deletérios na articulação social da região. Para tanto, elege-se como variável explicativa relevante o processo do endividamento e avalia-se suas conseqüências em termos das políticas econômicas
encaminhadas por esses estados nacionais de forma regular e a deterioração dos mesmos mediante averificação do comportamento dos seus indicadores econômicos e sociais.


Fui...

beeeeijOs

Diga Adeus ao Diabo e ao Diabo a Deus.

20 de setembro de 2007

Diga Adeus ao Diabo e ao Diabo a Deus.
As drogas para além do bem e do Mal

Uma reflexão sobre o maniqueísmo na discussão sobre as drogas



Bom em primeiro lugar: PARABÉNS PELA ESCOLHA. Abordar o assunto drogas ou o seu tráfico é muito difícil. Toda vez que tocamos nesse assunto uma chuva de moralismos e desinformações desaba sobre os falantes. Infelizmente, esse assunto é sempre abordado dentro da esfera do Bem ou do Mal. Abrimos a boca e logo em seguida alguém pergunta; Faz bem ou mal? Legalizar ou não? A questão não passa somente por esse ponto. Quando tratamos o assunto drogas, precisamos primeiro definir o que é uma droga e logo em seguida quais são as suas classificações. Ao pronunciarmos essa palavra, uma carga de maniqueísmo reveste o assunto e a inviabilidade para discussão logo aparece. Se quisermos compreender toda a dinâmica do tráfico de drogas, precisamos imediatamente nos livrar dessa esfera. E tomando o cuidado sempre para não ser classificado como apologista das drogas não legalizadas ou do concorrente.

Estou vendo a dificuldade que vocês encontram com as fontes. Não é fácil localizar estudos sérios sobre esse assunto. Pesquisas que não sejam enviesadas pela lógica de deus ou do diabo.

Acho que essa pesquisa passa por algumas perguntas iniciais antes de sabermos qual a relação entre as drogas e América latina:

Qual o conceito de droga?

A proibição das drogas é passível de história? Ou seja, ela obedece a uma lógica temporal e espacial? Se for, a pergunta subseqüente é: Quem proibido? Ou elas sempre foram proibidas? As mesmas drogas são proibidas em todas as culturas? Ou dependendo da sociedade, ela é encarada de diferentes maneiras?

O que gera mais lucro, algo proibido ou legalizado? Existe droga ilegal? Se a proibição das drogas é histórica, quando cada uma delas foi proibida?

Será que o termo droga proibida e droga legalizada são termos corretos para expressar a verdade lógica do mercado de drogas? Ou, o melhor seria dizer: drogas para cada tipo de mercado?

Acredito que após essa reflexão será possível tentar compreender o papel da América Latina nesse grande sistema complexo e mundial do tráfico de drogas. Três filmes que conheço poderão ajudar nesse primeiro momento:

Réquiem para um Sonho, 2000 (Filme)
Ótima discussão sobre esses dois, aparentemente, distantes mundos das drogas legalizadas e das criminalizadas.

Transporting (Filme)
Filme consagrado sobre drogas que aborda com frieza a questão do uso da heroína.

O senhor das Armas (Filme)
Esse filme não fala sobre drogas, mas dará boas idéias sobre a dinâmica do tráfico no mundo.

Maconha (livro)
Livro publicado pela Super Interessante que aborda de forma histórica a proibição da maconha.

Henrique Carneiro (Historiador)

Esse historiador é o único que conheço no Brasil que trabalha de forma sóbria o tema drogas. Ele é especialista em história das drogas. Atualmente ele é professor na Faculdade de História da USP e é acessível. Vocês podem procurá-lo para uma troca de idéias.

Acho que é só por enquanto. O mais importante nessa pesquisa é romper o senso comum. Enquanto continuarmos a tratar esse assunto dentro do maniqueísmo, estaremos fadados ao uso irracional das drogas e cada dia mais veremos crescer as farmácias “Shoppings Centers” ou as “Drogstar” e, é claro: os seus viciados de plantão.

Portanto,se encontrarem o Diabo, digam que mandei um Adeus e se encontrarem Deus, digam que eu mandei um Diabo.

Fábio Tamizari
É educador