A prostituição, atualmente, é classificada como uma questão muito polêmica. Por esse motivo é pouco comentada no cenário nacional e internacional. Mas por que tanto abandono da sociedade e do estado? Qual o motivo leva essas meninas a se prostituir? Qual a postura da sociedade com relação a elas? Prostituem-se por prazer ou necessidade? Quais os problemas na América Latina podem influenciar a prostituição? É o que propõe esta discussão, não apenas com indignações, mas também apresenta fatos recentes e impressões do grupo que poderão ter fundamentos para a formação de conscientização dos leitores.
O grupo procurou um olhar ou expressão reveladora de todo o material disposto sobre o assunto, em busca de característica semelhante entre os países subdesenvolvidos (dentro da América Latina), em que o cenário predominante é de uma alienação, onde "tudo é inofensivo".
O objetivo é mostrar que mesmo dentro de uma sociedade de alienados existem pessoas que enxergam, e outras que passam por problemas nada banais, o que faz lembrar que não se é apenas mais um dentro de uma imensa alienação, em vez disso, pode-se fazer a diferença para mudar essa realidade.
A justificativa para o tema "Prostituição na América Latina" surge quando se depara com as necessidades de sobrevivência dentro de países subdesenvolvidos, onde a prostituição é a única forma que muitas mulheres encontram para sobreviver. A falta de estrutura da sociedade com relação à destruição de terras, emprego e qualificação. Aguçamuma tendência de vender a única coisa que é próprio do ser humano, seu o corpo.
Uma outra América Latina é possível a partir do momento que se conhece melhor as pessoas nos mais sórdidos lugares com a pior condição de vida, e com o agravante de parecer normal. Para solucionar os problemas em geral, incluindo a prostituição, é necessário realizar uma mudança não só estrutural, como econômica, e política também.
Para isso é preciso que se formem cooperativas em que todos saiam beneficiados, tendo todo o capital geradoe distribuido entre todas as classes sociais.
A importância desse tema consiste em mostrar a verdadeira face de uma realidade que muitas vezes não se quer ver, como se existisse duas Américas Latinas.
A fundamentação é feita a partir de uma análise jornalística e socióloga enfatizada em pesquisas (via internet com teses e argumentações), livros (“Meninas da Noite”, de Gilberto Dimenstein), além de filmes (“Cidade do Silêncio”, “Anjos do Sol” e “Nascidos em Bordéis”). Será apresentado na forma de multimídia, acompanhado de uma dramatização.
A composição dessa pesquisa nos levou a concluir que crianças com idade entre 5 e 14 anos são economicamente ativas na América Latina a partir do tráfico, trabalho forçados e/ou cativeiros e conflitos, intrinsificamente ligados a prostituição; E por tanta violência, elas, mais velhas querem mudar a forma de viver, tentando trabalhar dignamente e constituir uma família como outras pessoas, porém, o rumo que as suas vidas seguem não as possibilita estudar ou ter novas oportunidades, e com isso, seus sonhos nunca poderão ser concretizados neste cenário exótico e violento. Muitas vezes, sem opção acabam se acostumando com essa situação.
Como a imensa maioria das prostitutas, quando não são vendidas pelos pais, são vítimas da desestruturação e violência familiar. Assim, essas meninas fogem de casa, para não sofrerem abusos do padrasto, ou até mesmo dos próprios pais, e para que elas não morram de fome precisam vender o corpo pelas ruas e avenidas, pois é a única escolha. O tráfico de meninas para a prostituição é uma das atividades ilegais que geram mais dinheiro no mundo. Campanhas contra a prostituição nos principais pontos turísticos, não passam de deslavada hipocrisia. Não é uma campanha para criar perspectivas de vida digna para essas meninas atoladas em situação de miséria e degradação social. A campanha, que se apóia unicamente num código moral puritano, descolado da vida corrente que ignora a realidade social das vítimas da prostituição. Não é questão política pública de resgate, somente uma ação de polícia, atenuando o problema.
A degradação social da prostituição é terrível, mas desde tempos imemoriais ela tem sido preferida à morte ou ao trabalho escravo por mulheres de todas as idades. Quando a prostituição se torna um problema social em larga escala, como se tornou na América Latina, é que algo de errado existe no próprio eixo de organização social. Onde são maiores os índices de prostituição na América Latina, é aí mesmo onde estão as maiores taxas de desemprego e de subemprego.
Dirão que não há nenhuma solução a curto prazo para o problema social e que, enquanto essa solução não vem, tem-se que fazer alguma coisa para proteger aquelas que vendem o corpo. Esse trabalho de proteção no plano microeconômico, no meu entender, tem que ser feito essencialmente por instituições privadas, ONGs, ninguém mais, tem os instrumentos para fazer uma política de pleno emprego.
Deve-se dar às coisas seus nomes reais, sem hipocrisia, e definir responsabilidades. O turista estrangeiro que for desestimulado a fazer sexo comprado com adolescentes não estará dando rigorosamente nenhuma contribuição ao combate da prostituição. A vítima apenas deixará de ter acesso a "fregueses" estrangeiros, sem que lhe seja retirado o "mercado" doméstico e, sobretudo, a motivação da sobrevivência, que é o que a empurra para a prostituição.
Uma ditadura política sobre uma tragédia social, com terríveis taxas de desemprego e subemprego, as maiores da América Latina, assim como uma abominável concentração de renda, estamos nos tornando o prostíbulo do Ocidente, por nossa condição de crise social profunda.
É uma vergonha. É um crime contra essas meninas. E não é algo que possa ser combatido pontualmentecom ações policiais nas portas dos hotéis. A prostituição em larga escala é uma conseqüência direta da política macroeconômica.
Afunda-se numa crise social sem precedentes e as elites dirigentes não se dão conta disso! Ve-se esse limite na degradação da infra-estrutura, no desemprego e no subemprego, na criminalidade, na insegurança, no aumento da prostituição infantil. É só olhar para ver: a política econômica contracionista está deixando sua marca não só na prostituição infantil, mas em toda vida social da América Latina.
É preciso que todos nós, como integrantes de uma sociedade, entendeam que o que realmente importa é saber que a prostituição existe e que devemos combatê-la.
Prostituição na América Latina- Texto Base
10 de outubro de 2007Postado por Prostituição na América Latina às 20:58
Marcadores: Prostituição na América Latina
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